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sábado, 12 de junho de 2010

Onde está Deus quando as coisas vão mal?







Por Avelar Jr.
Do blog: Púlpito Cristão

O texto abaixo, que eu achei belíssimo e que trata da existência do sofrimento e da justiça de Deus, foi citado no livro "Onde está Deus quando as coisas vão mal?", escrito por John Blanchard e publicado pela Editora Fiel. O autor deste texto não é identificado pelo autor, que menciona apenas que ele foi publicado em 1960. (A propósito, recomendo a leitura desse livreto, que tem apenas 40 páginas).


No final dos tempos, bilhões de pessoas se apresentaram diante do trono de Deus. Muitas retrocederam ante a luz que resplandecia diante delas. Mas alguns grupos que estavam na frente conversavam veementemente, não com temor servil, e sim com agressividade: "Deus pode nos julgar?"

"Como Ele pode saber algo a respeito de sofrimento?", questionou uma moça ousada. Ela puxou com rapidez a manga de sua veste para mostrar o número tatuado de um campo de concentração nazista. "Suportamos terror... espancamento... tortura... morte!"

Em outro grupo, um homem curvou o seu pescoço, dizendo: "O que vocês acham disto?", ele perguntou, mostrando uma horrível marca de corda. "Linchado por ser negro e não por cometer algum crime!"

Em outra multidão, uma estudante grávida, com olhos taciturnos, murmurou: "Por que eu tive de sofrer? Não foi minha culpa".

Espalhados ante o trono, havia milhares de grupos como esses. Cada pessoa tinha uma queixa contra Deus, por causa do mal e sofrimento que Ele havia permitido neste mundo. Quão feliz estava Deus em viver no céu, onde tudo era doçura e luz, onde não havia lágrima, nem medo, nem fome, nem ódio! O que Deus sabia a respeito de tudo que os homens tinham sido obrigados a suportar neste mundo? "Deus leva uma vida muito tranqüila", eles diziam.

Cada grupo apresentou o seu líder, escolhido por haver sofrido mais do que os outros do grupo. Um judeu, um negro, alguém de Hiroshima, uma pessoa que fora horrivelmente afligida por artrite e uma criança teratogênica. No centro da aglomeração, eles conversaram entre si.

Por fim, estavam prontos para apresentar o seu caso e o fizeram com muita perspicácia. Antes de se qualificar para ser o juiz deles, Deus tinha de suportar o que eles haviam suportado. Haviam chegado ao veredicto de que Deus fosse condenado a viver na terra - como homem! Deveria nascer como judeu; a legitimidade de seu nascimento teria de ser questionada. Ele deveria realizar uma obra tão difícil, que sua família pensaria estar louco, quando tentasse realizar essa obra. Ele deveria ser traído por seus amigos íntimos; enfrentar falsas acusações, ser julgado por um júri preconceituoso e condenado por um juiz medroso. Deveria ser torturado e, por fim, entender o que significa ser terrivelmente abandonado e deixado solitário. Depois, Ele deveria morrer em agonia, de tal modo que não haveria dúvidas quanto à sua morte. E grande número de testemunhas deveriam comprová-la.

Enquanto cada líder anunciava a parte de sua sentença, um intenso murmúrio de aprovação saía dos lábios das pessoas ali reunidas. Quando o último líder terminou de proferir a sentença, houve um silêncio prolongado. Ninguém proferiu nenhuma palavra. Ninguém se mexeu, pois todos sabiam que Deus já havia cumprido a sua sentença.

Um comentário:

  1. ¶ homens perdem seu tempo questionando a Deus mas nao sabem que tudo está nas mãos dele e que ele sabe o que faz
    o livro de jó reata isso de forma explendorosa, veja...
    Depois disto o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho, dizendo:
    2 Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento?
    3 Agora cinge os teus lombos, como homem; e perguntar-te-ei, e tu me ensinarás.
    4 ¶ Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência.
    5 Quem lhe pôs as medidas, se é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
    6 Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina,
    7 Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus jubilavam?
    8 Ou quem encerrou o mar com portas, quando este rompeu e saiu da madre;
    9 Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por faixa?
    10 Quando eu lhe tracei limites, e lhe pus portas e ferrolhos,
    11 E disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se parará o orgulho das tuas ondas?
    12 ¶ Ou desde os teus dias deste ordem à madrugada, ou mostraste à alva o seu lugar;
    13 Para que pegasse nas extremidades da terra, e os ímpios fossem sacudidos dela;
    14 E se transformasse como o barro sob o selo, e se pusessem como vestidos;
    15 E dos ímpios se desvie a sua luz, e o braço altivo se quebrante;
    16 Ou entraste tu até às origens do mar, ou passeaste no mais profundo do abismo?
    17 Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte?
    18 Ou com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo saber, se sabes tudo isto.
    19 Onde está o caminho onde mora a luz? E, quanto às trevas, onde está o seu lugar;
    20 Para que as tragas aos seus limites, e para que saibas as veredas da sua casa?
    21 De certo tu o sabes, porque já então eras nascido, e por ser grande o número dos teus dias!
    22 Ou entraste tu até aos tesouros da neve, e viste os tesouros da saraiva,
    23 Que eu retenho até ao tempo da angústia, até ao dia da peleja e da guerra?
    24 Onde está o caminho em que se reparte a luz, e se espalha o vento oriental sobre a terra?
    25 ¶ Quem abriu para a inundação um leito, e um caminho para os relâmpagos dos trovões,
    26 Para chover sobre a terra, onde não há ninguém, e no deserto, em que não há homem;
    27 Para fartar a terra deserta e assolada, e para fazer crescer os renovos da erva?
    28 A chuva porventura tem pai? Ou quem gerou as gotas do orvalho?
    29 De que ventre procedeu o gelo? E quem gerou a geada do céu?
    30 Como debaixo de pedra as águas se endurecem, e a superfície do abismo se congela.
    31 Ou poderás tu ajuntar as delícias do Sete-estrelo ou soltar os cordéis do Orion?
    32 Ou produzir as constelações a seu tempo, e guiar a Ursa com seus filhos?
    33 Sabes tu as ordenanças dos céus, ou podes estabelecer o domínio deles sobre a terra?
    34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
    35 Ou mandarás aos raios para que saiam, e te digam: Eis-nos aqui?
    36 Quem pôs a sabedoria no íntimo, ou quem deu à mente o entendimento?
    37 Quem numerará as nuvens com sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os esvaziará,
    38 Quando se funde o pó numa massa, e se apegam os torrões uns aos outros?
    39 Porventura caçarás tu presa para a leoa, ou saciarás a fome dos filhos dos leões,
    40 Quando se agacham nos covis, e estão à espreita nas covas?
    41 Quem prepara aos corvos o seu alimento, quando os seus filhotes gritam a Deus e andam vagueando, por não terem o que comer?

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